Anos 50, Anos 60, Anos 70, Anos 80, Anos 90, Anos 00,
Gênero musical que surge nos Estados Unidos (EUA), nos anos 50, impulsionado por músicos brancos a partir da energia e da sensualidade da música negra, e que logo alcança repercussão mundial. Caracteriza-se pelo ritmo acelerado, mistura de elementos de blues e rhythm & blues ao country branco, e pelo uso de guitarra elétrica, baixo e bateria. Possui linguagem simples, apoiada em ritmos que incitam à dança. Desde seu surgimento produz grande diversidade de estilos.
Anos 50 – O novo ritmo é divulgado, pela primeira vez, em 1951, no programa Moondog’s Rock and Roll Party, da Rádio WJW, de Cleveland, Ohio. Em 1954, Bill Haley (1935-1977) grava Shake, Rattle and Roll. A repercussão nacional acontece em 1955, com a música Rock Around the Clock, de Bill Haley e Seus Cometas. No mesmo ano, Elvis Presley (1935-1977) faz a fusão de country music com rhythm & blues, originando o rockabilly e tornando-se o mais bem-sucedido roqueiro da história. Em 1956, Elvis grava Heartbreaker Hotel, o disco (compacto) mais vendido do país. Apesar das letras ingênuas, o rock converte-se em sinônimo de rebeldia. Nessa fase, destacam-se Chuck Berry (1926-), com Johnny B.Good, e Little Richard (1932-), com Long Tall Sally.
Anos 60 – Em setembro de 1962, a música Love Me Do, dos Beatles, entra nas paradas de sucesso internacionais. Em 1964, o grupo inglês conquista os EUA e transforma-se num fenômeno mundial. Durante a Guerra do Vietnã, surgem os hippies e os pacifistas. O rock político militante ganha força com Bob Dylan (1941-), que une a música country ao rock. Nos EUA, surgem Buffalo Springfield, Canned Heat, The Mamas & The Papas, Byrds, e Beach Boys. No Reino Unido, os Animals, Yarbirds, The Who, Steppenwolf, Cream, Kinks, Van Morrison e o quinteto The Rolling Stones, o primeiro a fazer sucesso com letras transgressoras e concertos espetaculares para a época. O Festival de Monterey, na Califórnia, em 1967, revela Janis Joplin (1943-1970) e Jimi Hendrix (1942-1970). Em 1969, o Festival de Woodstock (EUA) reúne 500 mil jovens sob o lema "paz e amor". O final da década é marcada pelo mote "sexo, drogas e rock’n’roll". Ligado ao consumo de LSD e à "expansão da mente", o rock psicodélico nasce em São Francisco, Califórnia, com grupos como Love, os Doors de Jim Morrison (1943-1971) e Jefferson Airplane. Também na cena londrina, chamada Swingin’ London, o ambiente psicodélico influencia o surgimento do Pink Floyd e a fase mais madura dos Beatles, pegando de raspão nos Rolling Stones. O Velvet Underground, de Lou Reed e John Cale (1943-), faz um estilo transgressor e minimalista em Nova York, antecipando as tendências da década seguinte.
Anos 70 – O idealismo romântico dos anos 60 é substituído pelo underground e a pop music fortalece-se. O glam rock maquiado e andrógino traz Marc Bolan e o T. Rex, David Bowie e o Roxy Music de Bryan Ferry. O rock progressivo e sinfônico consolida-se com as bandas Yes, Genesis, Pink Floyd, King Crimson, Gentle Giant e Van der Graaf Generator. Uma geração cínica, ambígua e violenta surge nos EUA, antecipando o punk, com MC5, os Stooges de Iggy Pop e os New York Dolls. O hard rock de Led Zeppelin, Black Sabbath, Deep Purple e Grand Funk Railroad começa a dar origem ao heavy metal, com baterias, guitarras e vocais cada vez mais agressivos. Nos EUA, correndo por fora, despontam Frank Zappa, Captain Beefheart, Alice Cooper, Iggy Pop e Lou Reed em carreira solo, Neil Young; e no Reino Unido, Elton John. É o apogeu da disco music. Contra ela e o rock "de arena", a partir de 1975, nos EUA e no Reino Unido, começa a surgir o punk rock, que em 78 se torna um fenômeno com os Sex Pistols, em manifestos como Anarchy In the UK.
Anos 80 – O movimento pós-punk e new wave, que tem início no final dos anos 70, alcança o apogeu. Os principais expoentes são Talking Heads, Patti Smith, Television, Richard Hell & Voidoids, Blondie, The Clash, The Police, Gang of Four, Stranglers, Stray Cats e The Smiths. Nasce a MTV, em Nova York, EUA (1981), no auge da importância dos videoclips associados às músicas. A grande variedade e a fusão de estilos marca a década: industrial, new pop, no wave, new psychedelic, rap e o new romantic, uma atualização do glam, com Boy George e Duran Duran. No dark ou gótico estão The Cure, Siouxie and The Banshies e Bauhaus, entre outros; após o suicídio do líder Ian Curtis (1956-1980), o Joy Division, uma das principais bandas dessa cena, se transforma no New Order, dando origem ao estilo indie-dance. O rock de protesto é representado pelo irlandês U2, com o hit "Sunday Bloody Sunday", tornando-se um fenômeno de vendagens ao longo da década e durante a seguinte. O heavy metal se consolida como um gênero à parte; nos EUA, surge a fusão entre metal e funk produzida por Red Hot Chili Peppers e Faith no More, e a fusão entre metal e eletrônica, com Ministry e Nine Inch Nails. Numa década novamente marcada mais por bandas do que por artistas-solo, Madonna é o maior fenômeno feminino do pop-rock, e Bruce Springsteen ganha destaque ao traduzir as aspirações do trabalhador americano com sua mistura de pop, country e rock. Michael Jackson vende 47 milhões de cópias do álbum Thriller, e é, ao lado de Prince, o maior astro do pop-rock negro.
Anos 90 – O rap e o reggae alcançam repercussão mundial. Em 1991, desponta o movimento grunge em Seattle (EUA), com arranjos simples que popizam o heavy metal. O grupo mais famoso é o Nirvana, liderado por Kurt Cobain. Outros grupos tornam-se bastante conhecidos, como Soundgarden, Pearl Jam e Alice In Chains, mas a juventude intelectualizada sente-se mais representada pelo R.E.M., os Smashing Pumpkins ou o Weezer. Kurt Cobain (1967-1994), o maior ídolo da década, se suicida. O rock britânico ganha novas bandas, como Oasis, Pulp, Blur e Verve, que fazem parte do movimento chamado britpop, enquanto o Radiohead ocupa um espaço criativo à parte. A banda brasileira Sepultura se torna o principal nome do metal mundial, introduzindo variações no estilo que levariam às inovações do chamado Nu-Metal. Entre as cantoras, as inglesas PJ Harvey e Neneh Cherry, a islandesa Björk, a viúva de Curt Cobain, Courtney Love, e a canadense Alanis Morissette são os nomes dessa geração. No pop negro, Prince, Lenny Kravitz e Lauryn Hill se destacam.
Anos 00 – A partir de Nova York e do sucesso instantâneo dos Strokes, há uma grande revitalização do rock, com bandas de vários países (americanas, inglesas, escocesas e australianas) e tocando em diversos estilos, mas todas combinando simplicidade, peso, credibilidade e apelo popular, entre as quais se destacam White Stripes, The Hives, Yeah Yeah Yeahs, The Vines, Black Rebel Motorcycle Club, Rapture e Queens of the Stone Age. O tecnopop dos anos 80 também ressurge com ironia e força totais, tendo à frente Miss Kittin & the Hacker, Fischerspooner, Peaches e outros. Países fora do circuito usual revelam cenas fortes, como a Islândia do Sigur Rós e a Suécia dos Hives.
Rock no Brasil – O rock''n''roll chega ao país em 1955, quando Nora Ney grava a versão de Rock Around the Clock. A primeira estrela nacional do gênero é Celly Campelo (1942-), com os hits Estúpido Cupido e Banho de Lua, no início dos anos 60. O rock’n’roll populariza-se com outras versões de sucessos norte-americanos, por Nick Savóia e Ronnie Cord (1943-). A partir de 1965, Roberto Carlos, Erasmo Carlos (1941-) e Wanderléa (1946-) tornam-se os símbolos da jovem guarda. Ganham destaque bandas como Os Incríveis, Golden Boys, Os Brasões, The Pops, Renato e Seus Bluecaps, Jet Blacks, The Fevers, The Jordans e The Clevers. Em 1966, Os Mutantes revelam Rita Lee (1947-) e introduzem a guitarra elétrica no cenário musical brasileiro. Nos anos 70 surgem o roqueiro Raul Seixas, Made In Brazil, Pholhas, Casa das Máquinas, O Terço, Joelho de Porco e Secos & Molhados.
A década de 80 é dominada pela forte cena underground das principais capitais do país, com o rock nascente de Gang 90, Blitz, Ultraje a Rigor, Lulu Santos, Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Lobão, RPM, Engenheiros do Hawaii. Já afastado do Barão Vermelho, Cazuza (1958-1990) morre de complicações decorrentes da Aids, assim como Renato Russo (1960-1997), líder da Legião Urbana. A partir de 1993 surge o movimento mangue beat, no Recife (PE), com destaque para mundo livre s/a e Chico Science & Nação Zumbi, que incorporam ritmos nordestinos; o líder Chico Science (1966-1996) morre em um acidente de carro. O grupo Mamonas Assassinas, que faz um gênero musical debochado e irreverente, é o maior fenômeno da década; após um único álbum, o grupo inteiro morre em um acidente de avião em 1996. Outros expoentes são Skank, Raimundos, Pato Fu, Charlie Brown Jr., Jota Quest, Cidade Negra, O Rappa, Cássia Eller (1962-2001). A partir de 1998 ocorre o retorno de bandas dos anos 80, como Capital Inicial, Ira!, Plebe Rude, Ultraje A Rigor e RPM, que reconquistam parte do sucesso antigo, perdido durante a década de 90 para gêneros populares como o "breganejo" (sertanejo pop), o axé, o pagode e o forró comercial (com teclados elétricos em vez de sanfona).
Nostalgias fragmentos do passado... Nesta minha turbulenta e agitada vida contemporãnea eu tenho raros,momentos de prazer,sonhos,lembranças e alegrias, os meus momentos de nostagias ....pelo menos minhas lembranças não sumiram...e estaram aqui eternizadas nesta pagina...
29/03/2009
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