25/03/2011

CONVENIÊNCIA



C
ONVÉM que o sonho tenha margens de nuvens rápidas
e os pássaros não se expliquem, e os velhos andem pelo sol,
e os amantes chorem, beijando-se, por algum infanticídio
Convém tudo isso, e muito mais, e muito mais...

Um comentário:

Mar disse...

Certamente não é conveniente o tanto das coisas que se costuma estabelecer que convêm, mas pouca coisa nos caracteriza tão bem quanto o agir pelo convir. Ah! Você está certa nesse poema sem forma de poema; e até com a enigmática figura de uma mulher que pode ser noiva ou viúva (ao cair do sol, todos os gatos são pardos e noivas e viúvas não se distinguem!) você nos desafia a escolhermos o que nos convenha.
Amei tudo.
Um beijo carinhoso
Marcelo Bandeira